A indústria dos videogames e dos jogos eletrônicos é uma das mais prósperas mundialmente, principalmente entre os jovens, mas não se limitando apenas a eles.

Em 2023, o mercado de games alcançou um faturamento de US$ 93,5 bilhões, o que representa uma alta de 2,6% em relação ao ano anterior.

Além disso, neste mesmo ano tivemos alguns lançamentos bastante interessantes, entre eles títulos como The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, Alan Wake 2, Marvel’s Spider-Man 2 e, claro, um remake do nosso queridinho do PlayStation 2, Resident Evil 4 — que, aliás, foi um jogo desenvolvido e publicado pela Capcom, lançado originalmente para o GameCube em 2005.

Sem mais delongas, neste artigo mostraremos um pouco da história dos videogames no Japão e, de brinde, também abordaremos assuntos como games, as empresas que os desenvolveram e muitíssimo mais. Confira!

Começando pelo começo

Para desvendarmos as raízes dos games no Japão, precisamos voltar ao ano de 1978. Nesta época, as máquinas de fliperama começavam a fazer bastante sucesso.

Neste contexto, o desafiador jogo Space Invaders cativava os jogadores, vindo a se tornar um título muito importante tanto por dar início a era de ouro dos jogos de arcade como também por ter estabelecido o Japão como uma potência na indústria dos jogos eletrônicos.

Em 1983, foi a data de lançamento do Family Computer (Famicom) da Nintendo. E não foi só isso, pois a Nintendo acabaria inovando ainda mais com títulos icônicos como Super Mario Bros. e The Legend of Zelda.

Mas claro que a SEGA não ficaria para trás, pois a indústria dos games é uma verdadeira competição pelos consumidores. Surgiu então o famoso Mega Drive (Genesis nos EUA), apresentando um personagem icônico: Sonic, no jogo Sonic the Hedgehog.

Entre o final da década de 1980 e o início da década de 1990, as empresas de games começaram a expandir seus mercados para os consoles portáteis com a chegada do Game Boy e do Game Gear, respectivamente.

Nesta época, a Nintendo para o Game Boy lançou as primeiras versões de Pokémon, que mais tarde ganharia novos jogos, cartas colecionáveis, produtos e até mesmo uma série animada que ganha novas temporadas até hoje.

Também vale ressaltar que nesta época tivemos a chegada do Master System: um console de oito bits produzido pela SEGA, cujo objetivo era competir por uma fatia do mercado com a Nintendo. Tarefa essa que seria bem complicada.

A era moderna dos jogos eletrônicos

Na era moderna dos videogames, que eu pessoalmente considero ter sido iniciada em 1994, tivemos o lançamento do primeiro PlayStation pela Sony. Nem preciso dizer que foi um verdadeiro sucesso.

Foram também introduzindo gráficos 3D e tecnologia de CD-ROM nos jogos convencionais, e Final Fantasy VII se tornou um exemplo de profundidade narrativa e qualidade que definiriam o gênero JRPG nos dias atuais. Enquanto isso, empresas como Capcom e Konami dariam continuidade produzindo franquias geniais como Resident Evil e Metal Gear Solid.

Além do PlayStation, também surgiram relíquias como o Nintendo 64 em 1996, o Sega Saturn em 1994 e o Atari Jaguar em 1993. Esta foi a quinta geração de consoles.

Sexta, sétima e oitava gerações dos consoles

A sexta geração dos consoles teve início com o lançamento do Dreamcast pela SEGA no Japão no ano de 1998.

Dois anos depois entraria então no mercado o videogame mais vendido da história, totalizando algo entorno de US$ 155,1 milhões: o PlayStation 2. Um ano depois, em 2001, a Nintendo voltaria ao jogo trazendo mais um console. Esta seria a vez de o famoso GameCube ganhar notoriedade.

Na sétima geração dos consoles, tivemos então o surgimento do primeiro Nintendo DS, além do lançamento do PlayStation Portable (PSP) pela Sony, o do PlayStaion 3 também pela Sony, o Wii pela Nintendo e tantos outros.

Nesta geração, tivemos games como Super Mario Galaxy e Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots.

Por último, a oitava geração dos videogames chegou inovando na maneira de se jogar, qualidade gráfica nunca vista antes, conectividade total, maior poder de processamento por parte dos consoles e jogos como The Legend of Zelda: Breath of the Wild para Nintendo Switch.

A era da realidade virtual e a nona geração dos videogames

Nos últimos anos, as empresas têm começado a adotar a tecnologia de realidade virtual, o que tornou a experiência de jogar videogames muito mais envolvente.

Com o sistema PlayStation VR da Sony, títulos como Resident Evil 7: Biohazard VR levaram os jogos de terror a novos patamares, enquanto outros desenvolvedores exploram o potencial do VR em vários gêneros diferentes como Fallout 4 VR e o próprio The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom.

As aclamadas empresas de videogames do Japão

Várias empresas japonesas de videogames conseguiram provar seus valores, alcançando níveis de reconhecimento altíssimos por parte dos fãs e ajudando de forma significativa no crescimento desta indústria no Japão e no mundo todo.

Uma dessas empresas é a Nintendo, que acabamos mencionando muitas vezes no artigo por conta da sua importância nesta indústria, inovando com as franquias Super Mario, Zelda e Pokémon. O PlayStation da Sony redefiniu os jogos de console e chegou trazendo uma biblioteca lotada de títulos.

Mas não para por aí. A própria SEGA, a Capcom, a Square Enix, Konami, Bandai Namco e outras empresas também fizeram contribuições significativas à indústria dos jogos eletrônicos, consolidando a reputação do Japão como uma potência global em jogos.

Considerações finais

Descobri há bastante tempo que videogames eram uma das minhas maiores paixões e acredito que também seja a paixão de muitos leitores. Isto inclui videogames do Japão também.

Embora os consoles da Microsoft também tenham tido importância relevante na história dos games, não quis adentrar no assunto. Do contrário, acabaria inevitavelmente fugindo do tema, e o artigo se tornaria um livro. Um grande abraço!